EXPOSIÇÃO

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Ciclo Derivas Continentais com Bertílio Martins

No dia 9 de julho, pelas 16h00, a Ermida de N. Srª. de Guadalupe recebe a terceira intervenção do Ciclo Derivas Continentais, do artista plástico e colaborador do CIAC, Bertílio Martins.

Esta intervenção artística apresenta-se como uma abordagem poética à presença do conjunto megalítico vicentino (são mais de duzentos menires os existentes no concelho de Vila do Bispo, havendo um núcleo bastante grande em locais próximos à edificação da Ermida como o de Milrei). O artista rege o seu processo criativo, nesta intervenção, por um questionamento da matéria sendo ela a cola que sustenta uma produção de significado.

Sandro William Junqueira, escritor, ator e encenador, irá apresentar, às 17h00, no dia da inauguração, uma leitura encenada numa aproximação e/ou choque, numa “deriva” em relação à instalação de Bertílio Martins.

As palavras do Húmus de Raul Brandão acompanharão a instalação. “A leitura encenará a transformação que ocorre no processo de criação: o húmus é a parte fértil da terra, onde se entranham e confundem a morte e a vida.” afirma Sandro W. Junqueira.

Bertílio Martins nasce em Faro em 1984.

É licenciado em Artes Visuais pela Universidade do Algarve e colaborador do Centro de Investigação em Artes e Comunicação. Tem frequentado, como formação paralela, várias residências artísticas e workshops, como a “Réplica” (2013) em Tavira, ou “Plein Air 11” (2011) em Sevilha. Desde 2009 tem participado em várias exposições coletivas e individuais, 2015- “(Des)envolvimentos Emergentes”, Palácio da Galeria, Tavira; “Cadavre Exquis” Casa das Artes de Tavira; XVIII Bienal de Cerveira; 2013 – “Réplica”, Casa das Artes de Tavira; “VII Mostra de Arte Contemporânea” intercâmbio entre o Pólo Universitário do Rio das Ostras e a Universidade do Algarve, Portugal/Brasil; 2012- “É perigoso olhar para dentro” na Galeria Trem, Faro e “Homeless Place”, Lisboa.

Sandro William Junqueira nasce em 1974 em Umtali, na Rodésia e vive atualmente em Portugal.

Fez incursões em diferentes áreas artísticas como a música, a escultura e a pintura. Foi designer gráfico. Diz poesia e trabalha regularmente como ator e encenador. Leciona expressão dramática. É autor de projetos e ateliês de promoção do livro e da leitura. Publicou O Caderno de Algoz (Caminho, 2009), Um Piano para Cavalos Altos (Caminho e Leya Brasil, 2012). Foi um dos onze escritores da novela policial O Caso do Cadáver Esquisito (Associação Cultural Prado, 2011) e autor de um dos contos da coletânea Dez Contos para Ler Sentado (Caminho, 2012). Em 2012 foi considerado um dos escritores para o futuro pelo semanário Expresso.