CICLO DE CONFERÊNCIAS
CHARLES BICALHO E ISAEL MAXACALI SÃO OS CONVIDADOS DA ÚLTIMA SESSÃO DO CICLO DE CONFERÊNCIAS DO PROJETO ALMA
No próximo dia 25 de novembro de 2022, pelas 18h00 (hora de Lisboa), o projeto ALMA – Antropofagia, Literatura, Modernismo e Audiovisual promove a sexta e última conferência de um ciclo dedicado ao pensamento antropofágico. Sob o título “Antropofagias Tecnológicas”, a mesa de debate conta com a participação dos realizadores Charles Bicalho e Isael Maxacali; e com a moderação de Jorge Carrega (CIAC/UAlg) e Cláudio Santos Rodrigues (UEMG).
Esta sessão, que decorre em formato online e com transmissão no canal do Youtube do CIAC, centra-se no filme de animação O Dilúvio Maxakali (2016), uma versão de Maxakali para a história do Dilúvio. O processo de produção e animação foi realizado a partir de oficinas com os indígenas que participaram do processo.
O ciclo de conferências, que decorre desde março de 2022, tem reunido escritores, cineastas, artistas e académicos do Brasil, Portugal e Angola para refletir sobre a ideia de antropofagia como uma chave para entendimento de temas contemporâneos que transcendem as questões de identidade nacional e se referem às relações culturais entre Portugal e as antigas colónias, Brasil e África.
O projeto ALMA – Antropofagia, literatura, modernismo e audiovisual resulta de parceria entre o Labor – Laboratório de Estudos do Discurso (Universidade Federal de São Carlos), o CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação (Universidade do Algarve), a UEMG – Universidade Estadual de Minas Gerais e o Polo Audiovisual da Zona da Mata. A equipa do projeto é composta por Miriam Tavares e Jorge Carrega (CIAC/UAlg); César Piva (Polo Audiovisual da Zona da Mata); Vanice Sargentini, Daniel Laks, Pedro Henrique Varoni de Carvalho e Rodolfo Magalhães (UFSCar); e Cláudio Santos Rodrigues (Universidade do Estado de Minas Gerais).
A participação na conferência é gratuita e confere certificado (mediante inscrição aqui).
Sobre os convidados:
Charles Bicalhoé graduado em Letras, língua portuguesa (1997) e língua alemã (2000) pela UFMG. Master of Arts em Estudos Literários pela Universidade do Novo México (UNM), EUA, em 2004. Doutorado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras da UFMG com a tese intitulada “Koxuk, a imagem do yãmîy na poética maxakali”, em 2010. Professor de Metodologia Científica, Leitura e Produção de Textos Cultura Midiática e Educação na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Membro fundador e coordenador da Pajé Filmes, produtora audiovisual indígena. Diretor dos filmes de curta-metragem “Caligrafilmes” (2008); “Making Of Dicionário” (2012); “Pirapora” (2012); “Konãgxeka: O Dilúvio Maxakali” (2016) e “Mãtãnãg, A Encantada” (2019).
Isael Maxacali é indígena, nascido na aldeia de Água Boa, município de Santa Helena de Minas (MG). Desde os anos 2000 que participa em oficinas de vídeo em Belo Horizonte, aprendendo a filmar e montar os seus filmes, além de desenhar. Dirigiu vários filmes de temática indígena e animação, como a longa-metragem “Yãmiyhex: as mulheres-espírito” (2019), com co-realização de Sueli Maxakali; e a curta-metragem de animação “Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali” (2016), com Charles Bicalho.