REVISTA ROTURA
JÁ SE ENCONTRA DISPONÍVEL O NOVO NÚMERO DA REVISTA ROTURA
O terceiro número da ROTURA – Revista de Comunicação, Cultura e Artes (Vol.2, N.1), do CIAC, já se encontra disponível em formato online. Sob o título “Jornalismo e Literacia Mediática”, trata-se de um dossier temático que pretende estabelecer pontes entre o jornalismo e a literacia mediática, estimular o espírito crítico em relação à informação e à sua qualidade e promover consumos mais conscientes.
“Jornalismo e Literacia Mediática” apresenta artigos de investigação originais sobre práticas profissionais de jornalismo no contexto digital; o acesso aos media e o consumo de informação online; projetos, ações e ferramentas para o desenvolvimento da literacia mediática; práticas de qualidade, no âmbito dos media informativos; e a literacia mediática no desenvolvimento da cidadania e da democracia.
Em “Covid-19 e desinformação como fenómeno global: Uma visão a partir do fact-checking”, Nuno Andrade Ferreira propõe uma análise de cinco órgãos de informação dedicados à verificação de factos, que desenvolvem a sua atividade em África, na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. No artigo “Educação para os Media nas escolas: referências e recursos para professores”, Mariana Bento Lopes e António Moreira situam-nos no sistema de ensino português, olhando, nomeadamente, para a forma como a educação para os media se integra na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. A questão da qualidade da informação produzida e veiculada pelos media, e o serviço que deve ser prestado aos cidadãos, é um dos pontos de partida de Nuria Sánchez-Gey Valenzuela, no artigo “Independencia política como parámetro de calidad en las elevisiones públicas: el caso de Canal Sur Televisión”. Mateo Brito-Beltrán e Ángel Torres-Toukoumidis assinam “Análisis de la calidad de los medios digitales de Cuenca, Ecuador: el caso de las manifestaciones de 2019”, e identificam, neste artigo, o papel que os media digitais desempenham em momentos políticos relevantes para a sociedade. Em “Jornalismo e redes sociais: estímulos à competência midiática no Instagram Stories”, Leticya Bernadete Alexandre e Soraya Maria Ferreira Vieira analisam o Drops, o noticiário do jornal O Estado de S. Paulo no Instagram Stories que também marca presença no YouTube. Já no artigo “Comida e informação para todos: as redes sociais podem contribuir para a aprendizagem social do sujeito?”, Bianca Maciente Colvara e Soraya Maria Ferreira Vieira analisam o perfil de Instagram da jornalista brasileira Juliana Gomes, dedicado à alimentação saudável. Por último, “La rutina del entretenimiento misántropo en las series de televisión y películas mainstream contemporáneas: la evolución del pesimismo cultural desde Hobbes a HBO”, de Carlos Fernández-Rodríguez e Luis M. Romero-Rodríguez, aponta para questões sobre a relação entre as literacias e a produção artística audiovisual e cultural.
Sob a direção dos coordenadores do CIAC Mirian Tavares e Bruno Mendes da Silva, o terceiro número da revista ROTURA contou com a edição das investigadoras do Centro Ana Filipa Martins, Olivia Novoa Fernández e Susana Costa.
O próximo número, com lançamento previsto para setembro de 2022, terá como tema “Cinemas Silenciosos em Portugal”. O dossier temático pretende contribuir para atualização dos estudos relacionados com o período do cinema silencioso e lançar novas pistas para uma prática historiográfica em torno do cinema em Portugal. A chamada de trabalhos decorre até ao dia 30 de abril de 2022.
Aceitam-se artigos originais (redigidos em português, inglês, espanhol e francês) que abordem os seguintes tópicos: espaços de exibição cinematográfica no tempo do cinema silencioso; experiências singulares de sonorização na exibição (por exemplo, as fitas faladas, acompanhamento musical); modelos de produção no cinema silencioso; o cinema silencioso na imprensa portuguesa (por exemplo, o surgimento de revistas especializadas e a divulgação comercial na imprensa não especializada); a receção crítica na transição do silencioso para o sonoro; as mulheres no cinema silencioso português; contributos estrangeiros para o cinema silencioso português (por exemplo, realizadores como Maurice Mariaud); a distribuição do cinema silencioso em Portugal; restauro e digitalização do cinema silencioso em Portugal.