EVENTO INTERNACIONAL
JULIANA WEXEL, MIRIAN TAVARES E BRUNO MENDES DA SILVA MARCAM PRESENÇA NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL ICOAH 2021
Sob o tema “Health in Arts and Humanities”, a 8ª edição da Internacional Conference on Arts and Humanities (ICOAH) conta com a participação da investigadora do CIAC Juliana Wexel, da coordenadora do CIAC Mirian Tavares e do vice-coordenador do CIAC Bruno Mendes da Silva. Organizada pelo International Institute of Knowledge Management e com o apoio da Universidade do Algarve e do CIAC, a conferência decorre virtualmente nos próximos dias 21 e 22 de setembro.
“Vulva Art & Vulva Mapping: the contribution of digital media art to a literacy of corporal empowerment” é o título da comunicação que será apresentada por Juliana Wexel e Mirian Tavares, na sessão “Gender, Sexuality and Intersectionality” do dia 21 de setembro e que resulta da pesquisa na tese-criação “Vulva art, art(vi)smo e média-arte digital: Contributos imagéticos em novos discursos estéticos feministas por uma cultura da equidade”, do Doutoramento em Média-Arte Digital de Juliana Wexel.
A comunicação centra-se numa análise comparativa da contribuição das tecnologias digitais (como a realidade aumentada, a modelagem 3D e recursos digitais de fine art em projetos do género artístico vulva art), para uma literacia dos corpos e da sexualidade, através de vulva mapping como prática de empoderamento feminino. Para uma reflexão comparativa, elegem-se três objetos de análise: Anatomy of Pleasure, projeto de arte computacional de modelagem 3D, que descreve a genitália feminina pela perspetiva do prazer sexual, desenvolvida a partir da visualização médica sobre a anatomia humana, pelas artistas Alakina Mann (Artista de fine art e medical illustrator) e Timea Kosa (medical illustrator e designer gráfica); The Vulva Art Project, da fotógrafa de fine art Arkady Brown, que através da experiência em ensaios fotográficos, incentiva o enfrentamento da vergonha corporal e encoraja mulheres a conhecerem a genitália através do suporte da imagem; e o projeto colaborativo Gynodiversity, um atlas ilustrado com o fim de criar uma classificação abrangente para a variação genital feminina e em resistência à ideia esteticamente redutora de um modelo único e fetichista de vulva, evocado pelo mercado da labioplastia.
O artigo baseia-se nas noções de poder epistemológico das imagens artísticas (Zielinski, 2017) e dos paradigmas da imagem na era digital (Santaella, 2016) e contribui com os estudos transdisciplinares entre arte, ciência e tecnologia, a partir dos estudos culturais e interseccionais feministas e da prática de investigação em artes (Candy, 2006). “Vulva Art & Vulva Mapping: the contribution of digital media art to a literacy of corporal empowerment” alinha-se com os indicadores do objetivo número cinco da Agenda 2030 da ONU sobre equidade de género (que pretende eliminar todas as práticas nocivas, bem como as mutilações genitais; assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos e, ainda, aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento).
Já Bruno Mendes da Silva participa no evento enquanto Membro do Painel de Avaliação das sessões técnicas “Art and Health” (21 de setembro) e “Creation, Asesthetics, Techniques” (22 de setembro).
